Blog da Marcinha

Ao postar emoções, medos, sensações e utopias aqui, através de fotos, pensamentos, crônicas, artigos e poesias, entrego a vocês um pedaço enorme do meu coração, por vezes ferido, outras alerta ou contente. Use com moderação!

29 março, 2008

Poema do Contra

Decidi que não vou mais amar
o sol que se derrete na areia quente.
Nem me interessa se vou gostar
do vento que derruba tudo a sua frente.
E menos ainda optei por não falar
sobre as flores, o mar e o poente.
Serei, a partir de agora, diferente.
Para que amar e escrever sobre a beleza,
se tudo que é repugnante e repelente,
transforma o viés suave em aspereza.
E o que transtorna e mata tanta gente,
sufoca o lúdico, o alegre, a pureza.
Seguirei o rumo sozinha. Uma andarilha.
Viajarei sem sair do lugar. Uma demente.
Amaldiçoarei o amor. Uma guerrilha.
Lançarei pedras nas árvores. Uma doente.
Debocharei das utopias. Uma armadilha.
Desafiarei a vida. A morte. Uma inconseqüente.

márcia fernanda peçanha martins

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