Poemetos de Natal (*)
Insano
Na árvore do meu Natal
pendurei enfeites dourados
que lembram o amor.
Na véspera do meu Natal
distribui beijos molhados
com perfume de bondade.
Na noite do meu Natal
esqueci ódio e desafetos
e conjuguei o perdão.
Nos presentes do meu Natal
esbanjei nos objetos
para cativar todos.
E à meia-noite, que estranho,
retomei meu lado insano.
A carta
Quem nunca pensou
em escrever para o Noel
pedindo todo o impossível?
Um filme que não passou,
uma cuca recheada de mel,
e aquela receita infálivel.
Como o velhinho demora,
é melhor encurtar a lista.
Supérfluos ficam de fora,
as coisas boas à vista.
Se sobrar um tempinho,
Noel dá uma esticadinha
e leva para o menininho,
sem teto, comida e escola,
um pouquinho de carinho.
(*) Márcia Fernanda Peçanha Martins
Marcadores: Poemas
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