Fim da festa (*)
rendo-me às armadilhas.
Esboço cansaço
e me desfaço.
Ando sem rumo
fugindo das guerrilhas.
Falta-me insumo
e me dessarumo.
Sem teu sorriso
não tenho outras gargalhadas.
E assim sem aviso
perdi o meu riso.
Careço de afagos
mas tenho as portas fechadas.
E o pior dos estragos
é afundar em tragos.
Não posso caminhar
sem me firmar nos teus pés.
E se penso em parar
onde devo aportar?
Porque fui permitir
teus dedos nos meus cafunés?
Hoje vou me abstrair
e te usar de souvenir.
Se nada mais resta
findou-se a nossa novela
é o fim da festa.
(*) Márcia Fernanda Peçanha Martins
Marcadores: Poemas
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