Fim de noite (*)
um enamorado casal de cachorros,
e um cálice de vinho tinto incapaz
de ecoar meus gritos de socorros.
Na TV, o mesmo enredo dos filmes
das madrugadas frias, sós e insones:
faroestes, suspenses, muitos crimes,
e muitos sons irritantes de telefones.
Na sala, o corpo entregue e exausto,
embriagado de lembrança e saudade,
sonha com chamadas nos interfones.
De alguém que ainda habita o quarto,
nas memórias, nos sonhos e na vontade
de recomeçar o romance em cada ato.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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