Goles de aguardente (*)
se instala sempre no final de cada dia
e me acompanha até o adormecer.
E sem encontrar nenhum outro jeito
estaciono meu corpo no primeiro bar
onde busco parcerias para o sofrer.
Num ato derradeiro e sem preconceito
entorno goles e goles da aguardente
mais barata e com forte cheiro de garapa.
Nada adianta. Sinto um ar putrefeito.
A dor permanece, insiste, resiste e
não cede aos delírios do teor alcoólico.
Marcadores: Poemas
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