Desatinos (*)
Pingos que escorrem pela janela
convidam a um descanso vespertino
e estico os pés, ajeito melhor o corpo
deixando a cabeça apoiada no encosto.
Desprovida de qualquer cautela
vejo o pensamento cruzar um destino
onde num passado encontrei a paixão
aquela que bagunçou minha rotina.
Uma ou outra lembrança se acotovela
e num gesto calmo eu até desatino
porque as memórias se desorganizam
e, subitamente, desperto do repouso.
(*) márcia fernanda peçanha martins
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