Depois dos 40 (*)
toda a tristeza que ganhei
e desamores que acumulei.
Enfrentei o desconforto
de desafiar a maré sozinha
e recolher a erva daninha.
E abandonei num aborto
o sonho que ainda sonhava,
a esperança que carregava.
Hoje, o coração é morto,
a emoção não me alimenta,
já ultrapassei os quarenta:
tenho um pulsar natimorto.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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