Colorido blasé (*)
manchava os dias e as noites
do interminável inverno
No copo expulsando cachaça
o elixir para novos pernoites
de sabor mais moderno
E a fuligem cinza da fumaça
que escapulia pelas chaminés
tapava o cenário eterno
Assim, na paisagem sem graça
vestida de coloridos blasés
corria atrás do fraterno
E nem percebia que lá na praça
alheio aos tons de chuva e vento
meu amor já era interno
Da dor, do sonho e da desgraça
que controlavam meu pensamento
e é por isso que hiberno
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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