Balé do sexo (*)
no balé de ternura
ao som do afeto.
As pernas se movimentando
na altura da cintura
viradas pro teto.
Os joelhos vão se dobrando
seduzidos pela diabrura
do ato secreto.
Os dedos se desgovernando
parceiros da aventura
no mesmo dialeto.
E as bocas vão se inundando
de gosto de travessura
do tesão completo.
E as mãos se nocauteando
unem-se na fartura
do sexo indiscreto.
Os corpos estão arfando
parecem uma pintura
um só objeto.
A respiração vai cansando
na mesma temperatura
do homem inquieto.
O suor quente escorrendo
de qualquer criatura
do cenário concreto.
E o ritual se debulhando
volta à forma pura
do início do trajeto.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
2 Comentários:
Uau, Marcinha!!! Deu até arrepios.rsrsrs
...Os corpos estão arfando
parecem uma pintura
um só objeto.
D + !! Parabéns!!!
Um beijo
Oi poeta
Tudo bem?
Que bom que consegui passar justamente isto que vc sentiu
mil bjs
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