Contrastes (*)
Contorce seus membros
Salienta uma nádega nua
E marcas da desigualdade
Ninguém repara ao passar
No ser carente sem idade
Nem dispensam um olhar
Tudo é como se fosse nada
Restos de comida ao redor
Disputam espaço na calçada
Contrastam com o outdoor
Que despeja luxo e beleza
Ninguém repara no cenário
Que mistura fome e pobreza
Olham como um adversário
E logo retomam a caminhada
O dia completa o seu trajeto
E a criatura permanece jogada
Dorme tranquilo feito um feto
Alimentada com a indiferença
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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