Luto (*)
é expelida pelo corpo e pela mente,
como um pano sujo que se sacode
mas permanece o pó diariamente.
Entrego-te o coração amargurado
em pedaços desiguais de tristeza,
que se apresenta descompassado
porque navega contra a correnteza.
Ofereço minhas noites hoje vazias
e as horas dos meus dias arrastadas
e parte da minha vida sem garantias
de que conseguirei até sobreviver
alimentando lembranças flageladas
que convivem feito quinquilharias
com o que restou e não vive em luto
Marcadores: Poemas
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