Em agosto qualquer (*)
Lágrimas escorrem pelo rosto
e seguem o caminho até o colo,
desafiando as noites de agosto
que me nocauteiam à tiracolo.
Com o sentimento tão exposto
é muito fácil chegar ao subsolo,
e sem que nada seja proposto,
debater-se como puro desconsolo.
E para meu declarado desgosto,
calo-me, me revolto e me isolo,
à espera que no próximo posto,
meu amor próprio seja recomposto
e possa reconstruir tijolo com tijolo
uma relação sem nada imposto.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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