Segredos (*)
de não encontrar luz no amanhã
e ter descoberto o meu segredo
que teço tanto feito uma artesã.
E, este receio, me faz prisioneira
do tempo presente que não muda.
Por isso, gargalho e falo besteira
e me protejo com galho de arruda.
Assim, evito um novo entardecer
e enfrento a mesma pasmaceira
que prorroga o jeito de adormecer.
Sou, às vezes, uma cruel feiticeira,
e outras, a fada que me faz conviver
com este segredo sem endoidecer.
Porque é difícil não contar gritando
aos quatro ventos que só sou feliz
quando vido ao teu lado te amando
(*) márcia fernanda peçanha martins
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