Última vez
o som do minuano a ventar,
a calma fez pacto com a cilada.
O silêncio chega a amedrontar.
E eu novamente a te esperar.
São noites de frio. De medo.
Quando a solidão senta na sala,
e me deixa quase sem enredo.
Tenho o corpo coberto pelo pala,
e os sentidos sonham com tua fala.
Mais um incenso para perfumar.
E se eu tivesse tomava um absinto.
Para manter a esperança de tocar
teu corpo, beijar-te e me aninhar.
Jurei que esta seria a última vez,
que deixaria teu amor me consumir.
Vou escrever outro romance, talvez.
Se, em 30 minutos, a porta não abrir,
o celular não tocar e o interfone apitar.
Nada. A luz na janela mostra o novo dia.
Já basta de tanto chorar por amor.
Mas, a tristeza ainda é rouca melodia.
Indica que é penoso não sentir dor.
Seguirei um tempo perfumada de rancor.
márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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