Alcovas (*)
em meu dia monótono,
que te conto as novas
do romance da vizinha.
Relaxa em meu braço
o peso do teu trabalho
que te mostro as provas
da minha vida quietinha.
Acomoda-te no espaço
mínimo do apartamento
fazendo ali tuas alcovas
onde repousas à tardinha.
Descobre o teu pedaço
embaixo do meu edredom
e nem gasta tuas trovas
para me tirar da cozinha.
Com pouco me satisfaço
e logo fico tão disponível
porque não me desaprovas
rendo-me até a espinha.
Depois, teu corpo enlaço
e sem medo dos barulhos
que com discrição reprovas
te levo ao paraíso sozinha.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poemas
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