Chega de inocência (*)
Rasgar folhas da agenda,
Revirar páginas do passado.
Preciso manter a demência
e exibir a postura atrevida.
Porque atrás de cada fenda
ainda omito o meu pecado.
Basta de toda abstinência
e de personagem de tímida.
Não é mais preciso legenda
para disfarçar meu desacato.
Chega de tanta inocência
ardida e não cicatrizada.
E antes que me arrependa
decreto o fim do jogo pacato
(*) márcia fernanda peçanha martins
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