Soneto embriagado (*)
Na borda do cálice, teu cheiro
mistura-se ao aroma do vinho.
Levada por um ato derradeiro,
retomo embriagada o caminho,
onde sigo teu beijo prisioneiro
e me entorpeço com o carinho.
O trajeto é por vezes traiçoeiro:
sem barulho, sem murmurinho.
E da ressaca, quando desperto,
não estou impregnada do gosto
cabernet amanhecido da bebida.
Não só o coração trago coberto,
mas tenho meu corpo predisposto
ao teu perfume na minha vida.
Marcadores: Poemas
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