Blog da Marcinha
Ao postar emoções, medos, sensações e utopias aqui, através de fotos, pensamentos, crônicas, artigos e poesias, entrego a vocês um pedaço enorme do meu coração, por vezes ferido, outras alerta ou contente. Use com moderação!
Florescer (*)
Quando nada mais
valer a pena
e as tentativas de tudo recomeçar
para reescrever de novo a história
não preencherem nem uma dezena
de bons motivos e argumentações
tranque os armários da memória
e deixe janelas e portas bem abertas
da casa, do coração e da rotina
a fim de florescer a esperança
que será um sopro de renovação.
(*) márcia fernanda peçanha martinsMarcadores: Poemas
Cruzamento (*)
Não havia
como negar
e nem esconder os fatos.
O romance fora consumado
e ali nascera uma paixão.
Os automóveis a passar,
pedestres alheios aos atos
e o casal de olhar enamorado
trocando juras de afeição.
No cruzamento das ruas
no encontro das avenidas
no movimento daquele bairro
duas vidas selaram seus futuros.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Marcadores: Poesias
Mosaico (*)
Na tarde com cenário de melancolia
detectei uma mescla de sentimentos
que embaralhavam a minha vida.
Segundos pontuados de ânsia e agonia.
Minutos repletos de agradecimentos.
Horas de muita calmaria e euforia.
Misturas de emoções num cruzamento
de sensações tão antagônicas
que nem mesmo para sedimentar
um mosaico decorativo.
(*) márcia fernanda peçanha martinsMarcadores: Poemas
Poeminha erótico (*)
Pelas minhas mãos escorre teu suor
e trago, ainda, uma ofegante respiração,
e intercalo arrepio de frio e de calor,
resultado de momentos de puro tesão.
Pelas minhas nádegas desce teu líquido
e um cheiro forte do teu sexo masculino,
e misturo ritmos frenéticos, sons e gemidos,
sempre que teu corpo tira meus sentidos.
Às vezes, pulo com teu toque em meu seio
outras, sinto meus mamilos endurecidos.
E não há nada que me traga mais receio,
que não sentir teus dedos alisando meus recheios.
(*) márcia fernanda peçanha martins
Combate (*)
O momento pede cautela
ficar trancada no apartamento
e andar toda higienizada.
Mas posso olhar na janela
ver um gesto de encantamento
e achar que há esperança.
Vivo neste insano combate
e o que me traz algum alento
é perceber que nada me abate
se ainda ouço o som do respirar.
(*) márcia fernanda peçanha martinsMarcadores: Poemas