Blog da Marcinha

Ao postar emoções, medos, sensações e utopias aqui, através de fotos, pensamentos, crônicas, artigos e poesias, entrego a vocês um pedaço enorme do meu coração, por vezes ferido, outras alerta ou contente. Use com moderação!

21 abril, 2020

Florescer (*)




Quando nada mais valer a pena
e as tentativas de tudo recomeçar
para reescrever de novo a história
não preencherem nem uma dezena
de bons motivos e argumentações
tranque os armários da memória
e deixe janelas e portas bem abertas
da casa, do coração e da rotina
a fim de florescer a esperança
que será um sopro de renovação.



(*) márcia fernanda peçanha martins

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14 abril, 2020

Cruzamento (*)





















Não havia como negar
e nem esconder os fatos.
O romance fora consumado
e ali nascera uma paixão.
Os automóveis a passar,
pedestres alheios aos atos
e o casal de olhar enamorado
trocando juras de afeição.
No cruzamento das ruas
no encontro das avenidas
no movimento daquele bairro
duas vidas selaram seus futuros.

(*) márcia fernanda peçanha martins



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11 abril, 2020

Mosaico (*)




Na tarde com cenário de melancolia

detectei uma mescla de sentimentos
que embaralhavam a minha vida.
Segundos pontuados de ânsia e agonia.
Minutos repletos de agradecimentos.
Horas de muita calmaria e euforia.
Misturas de emoções num cruzamento
de sensações tão antagônicas
que nem mesmo para sedimentar
um mosaico decorativo.


(*) márcia fernanda peçanha martins

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06 abril, 2020

Poeminha erótico (*)

Pelas minhas mãos escorre teu suor
e trago, ainda, uma ofegante respiração,
e intercalo arrepio de frio e de calor,
resultado de momentos de puro tesão.

Pelas minhas nádegas desce teu líquido

e um cheiro forte do teu sexo masculino,
e misturo ritmos frenéticos, sons e gemidos,
sempre que teu corpo tira meus sentidos.

Às vezes, pulo com teu toque em meu seio

outras, sinto meus mamilos endurecidos.
E não há nada que me traga mais receio,
que não sentir teus dedos alisando meus recheios.

(*) márcia fernanda peçanha martins

05 abril, 2020

Combate (*)

O momento pede cautela
ficar trancada no apartamento
e andar toda higienizada.
Mas posso olhar na janela
ver um gesto de encantamento
e achar que há esperança.
Vivo neste insano combate
e o que me traz algum alento
é perceber que nada me abate
se ainda ouço o som do respirar.

(*) márcia fernanda peçanha martins

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