Blog da Marcinha

Ao postar emoções, medos, sensações e utopias aqui, através de fotos, pensamentos, crônicas, artigos e poesias, entrego a vocês um pedaço enorme do meu coração, por vezes ferido, outras alerta ou contente. Use com moderação!

31 julho, 2009

ABC da Tecendo Arte na Rede (*) (**)

A criança que me habita, borda, pinta e tece lembranças na rede da memória

A frase bordada com arte tece sentimentos nobres na minha rede de amigos

Ainda me embalo na rede a tecer, com fios de esperança verde, agasalhos para o dia do nosso reencontro

Alinhavo meus medos com frases de esperança. Depois, estendo-os na rede e vou tecendo meu presente


Amanheci alinhavando afetos no bordado da vida e anoiteci colecionando felicidade na rede dos sonhos

A noite tece os sonhos que embalo durante o dia na rede da vida

A rede me prendeu. Agora sou poeta e teço versos

Arte rima com amor? Em nenhuma parte? Nem na rede dos poetasonde as frases são costuradas?

As frases caem acinzentando o meu poema na rede. Imitam o movimento das folhas no outono.

As letras dançam com arte e formam frases que se tecem em poemas. Nasceu um poeta

As mães tecem os filhos que depois são jogados na rede das responsabilidades

Debruçada na janela, teci versos em poemas, e esperei meu tempo chegar

De dia, sou criança a brincar na rede. À noite, mulher ousada que tece e desafia a vida

Deita na minha rede que faço cafuné nos teus cabelos rebeldes até adormecer de tanto amor

Descanso meu coração no embalo da rede. Sonho poesia. Desperto tecendo amores.

Embalei meus versos enquanto teci a vida na rede

Embalo teu sono musicando poemas que teci na rede da minha infância

Em ponto cruz, teço versos que relembram a arte de viver

Enlaçei rimas de amor. Teci versos cheios de arte. Associei-me à rede dos poetas

Eu me enrolo na rede enquanto a vida tece versos que me enrolam no dia-a-dia

Na arte do encontro, teci versos que rimaram na rede da minha desilusão

Na madrugada, depois de tecer sedução, deito na rede e adormeço ternura

Na rede das rimas, teci versos que me conduziram à arte de viver

Na rede de desesperança, embalei num vai e vem o baú dos meus sonhos para vê-los crescer

Na rede que enfeita a sacada da minha vida, vou tecendo meu futuro. Nem sempre com a arte do presente e nem com a experiência do passado.

Na rede sossego o meu cansaço e renasço para tecer vida

Nas minhas orações, rezo pela paz e teço, santo a santo, o caminho da felicidade

Não quero revelar os segredos que embalei em versos na rede do passado

Na vida, a arte me ensina a tecer versos de felicidade

No balanço da rede, busco a inspiração para tecer a minha vida

No balanço da rede encontrei a leveza para levar minha vida com arte

No emaranhado da rede da vida, perdi um jeito ingênuo de tecer esperança

No futuro de minha filha, vou fiar e tecer redes cobertas de felicidade

Nos sonhos dos namorados, as frases são promessas de amor tecidas com arte

No teu abraço, teço a alegria de viver com arte

No teu corpo teço o bordado do amor

O suor do corpo escorre pelas teias da rede sempre que transformo o nosso amor em arte

O verso que te dei, era sozinho e não se juntou. Mas a poesia que te entreguei na rede. Era arte e se eternizou

Ponto a ponto, costuro minhas esperanças na rede onde tecemos nossos planos

Qualquer frase tecida na rede do amor transforma-se em obra de arte

Quero tecer no teu corpo, as artimanhas do nosso sexo embalado na rede da vida

Rabisco frases sobre a arte de amar enquanto os anos me carregam na rede

Se era de dor a tua frase, vamos tecê-la com arte e amor na rede

Se você me entende, silencie para escutar as frases não ditas entre nós na rede da varanda

Sou mulher rendeira a fiar versos e tecer poemas. Depois, choro rimas de amor

Teci meus dias nos teus versos. Arrematei com arte em ponto cruz. Deitei na rede para te esperar................

Teci versos de amor para te dizer na rede do nosso encontro

Teço fio a fio um cobertor prá me proteger do inverno e me agasalhar na rede

Teço rimas que se reúnem com arte e métrica na rede da poesia

Toda noite teço um sonho com a rede mágica que me levará a um mundo com arte e sem desigualdade

Trago a alma cansada de tanto te esperar na rede tecendo o nosso futuro

Uma serpentina me prendeu na rede. Acordei da folia. Teci mais ilusões.

Verso é arte, mas se cai na rede é poema

(*) márcia fernanda peçanha martins

(**) Na Tecendo Arte na Rede, blog de uma comunidade do Orkut que reúne pessoas de vários locais do Brasil dedicados a alguma forma de cultura/arte, do qual sou moderadora-conselheira, existe um concurso mensal sobre frases que falem da comunidade. Reuni, aqui, como um abecedário da Tear, somente as frases de minha autoria, no primeiro semestre de 2009. O endereço do blog é
http://www.tecendoartenarede.blogspot.com/

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16 julho, 2009

Cuidado com suas crianças!!!


A foto mostra o ânimo nada apaziguador da nossa Governadora, Yeda Crusius, em momento de saudável diálogo, reclamando contra o protesto do Cpers/Sindicato, na manhã do dia 16/julho de 2009. De uma postura digna de quem ocupa o Palácio Piratini. Em tempo, a imagem perfeita do momento de des(controle) foi feita pelas lentes do brilhante fotógrafo Roberto Vinícius. Dá-lhe guri!

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11 julho, 2009

Contrastes (*)


O corpo mexe-se na rua
Contorce seus membros
Salienta uma nádega nua
E marcas da desigualdade

Ninguém repara ao passar
No ser carente sem idade
Nem dispensam um olhar
Tudo é como se fosse nada

Restos de comida ao redor
Disputam espaço na calçada
Contrastam com o outdoor
Que despeja luxo e beleza

Ninguém repara no cenário
Que mistura fome e pobreza
Olham como um adversário
E logo retomam a caminhada

O dia completa o seu trajeto
E a criatura permanece jogada
Dorme tranquilo feito um feto
Alimentada com a indiferença


(*) márcia fernanda peçanha martins

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Colorido blasé (*)

O pingo da chuva na vidraça
manchava os dias e as noites
do interminável inverno
No copo expulsando cachaça
o elixir para novos pernoites
de sabor mais moderno
E a fuligem cinza da fumaça
que escapulia pelas chaminés
tapava o cenário eterno
Assim, na paisagem sem graça
vestida de coloridos blasés
corria atrás do fraterno
E nem percebia que lá na praça
alheio aos tons de chuva e vento
meu amor já era interno
Da dor, do sonho e da desgraça
que controlavam meu pensamento
e é por isso que hiberno

(*) márcia fernanda peçanha martins

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