Afetos e plantas (*)
Todos os dias
regue bem os seus afetos
amacie a terra
que lhes sustenta
e deixe-os ao sol
Assim como as plantas
se não cuidadas
podem não sobreviver
e não desabrochar
não florir
e nem brotar sementes
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Ao postar emoções, medos, sensações e utopias aqui, através de fotos, pensamentos, crônicas, artigos e poesias, entrego a vocês um pedaço enorme do meu coração, por vezes ferido, outras alerta ou contente. Use com moderação!
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Lá bem adiante
onde a linha do horizonte
desaparece
encontro um caminho
Arrisco uns passos
ainda lentos e hesitantes
quando se descortina
uma nova possibilidade
O que posso perder?
O que posso ganhar?
Dúvidas que me assolam
mas vale a pena tentar
pisar fundo e acreditar
para mudar minha história
(*) márcia fernanda peçanha martins
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o cheiro do
teu suor
ainda exala
nas minhas frestas
forte
aromático
impregnante
dá a impressão
de que jamais saístes
do meu corpo
as marcas seguem ali
sinto tuas pernas
se cruzando
enlaçando as nádegas
e o momento do orgasmo
derradeiro
intenso
arrebatador
em dúvida penso
que não partistes
que ainda estás
mesmo que não estejas
márcia fernanda peçanha martins
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Teu corpo
delineado
é um palco perfeito
para meu cansaço
e também para aventuras.
Nele, faço moradia,
me encolho e me ajeito
à espera do abraço,
beijos e mais carinhos.
Espalho meus cabelos
de um modo suspeito
para que os cachos se
enrolem em tuas mãos.
De dia, uso de pousada,
é cenário onde aproveito
para o sossego, o desleixo
capaz de aliviar a alma.
De noite, ele é rebeldia
onde sou plena sujeita
das artimanhas sensuais
que se arrebentam de prazer.
(*) márcia fernanda peçanha martins
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De vez em
quando
te sinto tão presente
pulsando
argumentando
como se nunca
tivesses partido
De vez em quando
até ouço a tua voz
tua gargalhada
teus soluços
como se ainda ao
meu lado estivesses
De vez em quando
juro sentir tua mão
acalentando
acalmando
como se jamais
tivesses deixado
de aqui estar
márcia fernanda peçanha martins
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(*) márcia fernanda peçanha martins
(**) escrito em maio de 2024 com o RGS alagado
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Há ainda o cheiro de
notas amadeiradas
do teu perfume.
A impregnar as roupas
no armário enfileiradas
de lembranças.
Há ainda aquele bilhete
com declaração de amor
nas folhas da agenda.
A marcar o início do
romance sem prefácio
sem enredo e legenda.
Há ainda teu sorriso
escancarado no retrato
que permanece na sala.
Há ainda em todos os cantos
da casa, do corpo, da vida
pedaços estilhaçados
da paixão que se acabou.
(*) márcia fernanda peçanha martins
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Lá no horizonte
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