Nem sempre (*)
balões coloridos e língua de sogra.
Posso ser a que empesta,
a indigesta, a desonesta.
Não sou sempre paisagem,
arco-íris e pôr do sol no horizonte.
Posso abusar da camuflagem,
fazer montagem e sabotagem.
Nem visto só felicidade,
sorrisos escancarados e abraços.
Às vezes, transo muita maldade,
e me tranco, abafo a liberdade.
Sou aquela que se rebela,
mas que também pode encantar.
Por ser a protagonista da novela,
a que espia na janela, a cinderela.
(*) márcia fernanda peçanha martins
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